domingo, 11 de setembro de 2011

Meu jeito de ser? Distimia

MEU JEITO DE SER?
Encontrar pessoas mal humoradas parece muito normal atualmente, porém quando convivemos com pessoas, ou nós mesmos, com um permanente mal humor devemos nos perguntar : será esse o meu jeito de ser?
A Distimia, como é conhecido cientificamente o mal humor, é um transtorno depressivo do humor e de natureza crônica, porém não tem sintomas graves o suficiente para ser diagnosticada como Depressão Maior. É considerada como um transtorno, uma depressão de baixa intensidade, porém duradoura e flutuante.     
A queixa mais comum entre os distímicos é falta de alegria de viver, acabam considerando muito mais os aspectos negativos e os positivos passam despercebidos. São vistos pelos outros como pessoas amargas, irônicas ou mesmo implicantes, porém a própria pessoa manifesta preocupação com sua inadequação social e os sintomas freqüentemente incomodam ao próprio paciente. Costumam ser rígidos, queixosos, insatisfeitos com a vida, tem alteração no sono e apetite, a despeito disso relutam em procurar ajuda psiquiátrica e acabam por procurar outras especialidades médicas com queixas diversas como fadiga, letargia etc. Essa busca faz com que o paciente e as pessoas ao seu redor sofram, pois os sintomas físicos surgem e acabam  realizando inúmeros exames desnecessários.Quando os pacientes sofreram desde a infância eles tendem a acreditar que esse é o seu jeito de ser e que seu humor é natural, faz parte dele.
A causa da Distimia não foi claramente definida, mas sabe-se que esta relacionada com alterações nos sistemas neuroendócrinos e com questões multifatoriais, destacando-se a hereditariedade, temperamento, estressores vivenciais.
Há grande taxa de comorbidades com outras doenças psiquiátricas o que denota a importância do diagnóstico para o manejo das demais psicopatologias comórbidas.
A Terapia Cognitiva Comportamental tem sido uma aliada fundamental e muito eficaz no tratamento, associada com o medicamento, permitindo ao paciente um reconhecimento da causa e permitindo uma resposta emocional mais adequada. É claro que não devemos desconsiderar sua natureza crônica e mesmo com a medicação há possibilidade desse perfil voltar, por isso a terapia deve sempre estar associada para que o paciente tenha mais recursos internos e sua atitude emocional não seja patológica.
Diérlli Rengel
Psicóloga Clínica

4 comentários:

  1. O que dizer ???? Bem ....Te admiro ....Gostei muito do que li ....Acho que o caminho é bem por ai ....Quando estamos abertos para nos perceber a terapia nos ajuda sermos um pouco mais de nós ...E nessa descoberta sermos melhores em cada passo....Sucesso....Ontem, Hoje e Sempre !

    Bjus .....William Oliveira

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  2. Passando para registrar meus parabéns...

    Espero que ele esteja sempre atualizado e com informações importantes e de fácil acesso para todos!!!

    Parabéns pela iniciativa!!!

    Leandro Saeros

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  3. Surpreendente... como o jeito Diérlli de ser... PARABÉNS!!!


    Anderson Lacerda

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  4. Parabéns!!!

    O assunto foi abordado de forma interessante.
    Tem começo, meio e fim. É de fácil compreensão.

    Beijos,
    Marcia Arbiol.

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